Fase concorrencial no abastecimento já arrancou mas, para dinamizar o setor, o livre acesso nos carregamentos nas auto-estradas vai manter-se
Apesar de a fase experimental do programa português de mobilidade eléctrica, o Mobi-e, já ter terminado, a Galp vai manter o livre acesso aos pontos de abastecimento nas cinco áreas de serviço a nível nacional onde existe o serviço.
A medida, que a gasolineira confirmou ontem ao Boas Notícias depois de há duas semanas ter recebido luz verde da Direcção-Geral de Energia e Geologia para comercializar o carregamento eléctrico, foi decidida como forma de dinamizar a procura num segmento de mercado ainda com pouco peso no total de veículos em circulação nas estradas portuguesas.
Para já, apenas estão instalados sistemas nas estações de serviço de Aveiras e Pombal, na A1, e na estação de Oeiras, na A5, mas o projecto da Mobi-e prevê que a gasolineira alargue o fornecimento a outros eixos de circulação, para instalar uma rede nacional que cubra, até 2012, “os principais eixos de entradas e saídas” nos centros urbanos, explica o porta-voz da Galp, Pedro Marques Pereira.
Neste momento, a gasolineira não adianta o número, nem a localização dos postos onde deverão ser instalados mais postos de carregamento rápido no curto prazo, já que a instalação dos protótipos “dependerá da adesão e do número de viaturas que forem sendo disponibilizadas”.
Da rede Mobi-e consta a colocação de 1300 pontos de abastecimento normal – nos quais um carregamento eléctrico demora entre seis e oito horas a estar completo – e outros 50 de carregamento rápido – os que abrangem os postos da Galp e onde o carregamento demora entre 20 e 30 minutos, para uma autonomia próxima dos cem quilómetros.
Desde o início do ano, foram apenas comercializados 122 veículos eléctricos (num universo de 91.905 automóveis ligeiros de passageiros). Um número que o secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro, considera ainda reduzido, mas que, antevê, “tenderá a ganhar um peso relativo num mercado que está a crescer”.