De acordo com a informação a que o IEEE Spectrum teve acesso, o Toyota Prius da Google passou o teste sem problemas mas teve alguns benefícios. Ou seja, foi o gigante dos motores de pesquisa que escolheu a estrada onde seria feito o exame, tendo ainda exigido que os engenheiros da Google poderiam aceder aos comandos do carro pelo menos duas vezes durante o exame.
O teste aconteceu em Maio de 2012, em Las Vegas, ao longo de 22 quilómetros. Chris Urmson, o atual líder do projeto do carro autónomo, esteve ao volante do veículo, para o caso de surgir algum imprevisto. Ao seu lado seguia o engenheiro Anthony Levandowski. No banco de trás seguiam os examinadores.
De acordo com o documento final do exame, o Prius teve um desempenho eficiente no meio do trânsito do dia-a-dia. O veículo detetou a presença de peões e parou para que pudessem atravessar. Nos cruzamentos, diz o relatório, o Toyota foi “extra cuidadoso” mostrando que está “desenhado para a segurança.”
Carro foge de rotundas e passagens de nível
Ficaram a faltar, no teste, as rotundas e as passagens de nível que estavam ausentes do percurso definido. A Google justificou a ausência destes obstáculos afirmando que, nestes casos, os condutores devem tomar conta do carro, uma vez que muitos condutores não cumprem as regras de trânsito nas rotundas e que muitas das passagens de nível não têm sinalização suficiente fiável.
Mesmo perante imprevistos, o Prius demostrou ser capaz de reagir com segurança: travou, por exemplo, com eficácia perante um ciclista e um peão que surgiram inesperadamente. No entanto, o veículo revelou dificuldade em lidar com obstáculos inesperados quando encontrou umas obras a bloquear a estrada. Aqui, foi necessária a intervenção Urmson.
Depois do teste, o carro da Google recebeu uma licença de circulação provisória com respetiva matrícula (que expirou em 2013) mas a empresa continua a testar o veículo não havendo ainda previsões quanto à sua eventual comercialização.
Notícia sugerida por André Luís