Esta será a primeira vez que o fado vai ser cantado na Assembleia, um momento intitulado de “Meia Hora de Ouro”. “Nesta Casa da Cidadania vamos agradecer este êxito formidável de Portugal numa homenagem à candidatura, ao município de Lisboa, à diplomacia, a todos os que a construíram e a fizeram ganhar”, disse em comunicado enviado à Lusa, José Ribeiro e Castro, presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, que organizou esta iniciativa.
A voz de Carlos do Carmo, que conta com 50 anos de carreira, será acompanhada pela guitarra portuguesa de José Manuel Neto, a viola de Nélson Aleixo e a viola baixo de Fernando Araújo. Com a presença da presidente da Assembleia da República, Maria Assunção Esteves, o fado vai ser cantado por “um grande intérprete [e] um dos grandes fautores deste êxito”, escreve Ribeiro e Castro.
O documento acrescenta ainda que esta é uma forma de “expressar a nossa gratidão e admiração por todos os fadistas e as fadistas”. “O reconhecimento do Fado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade é uma grande distinção que premeia, em primeiro linha, os fadistas, os músicos, os poetas, os compositores, que fizeram e fazem, ao longo das gerações, a riqueza deste género específico da nossa cultura popular”, remata Ribeiro e Castro.
No passado dia 19 de Julho, aquando da primeira sessão desta comissão, o dia foi também dedicado ao fado. Na altura Carlos do Carmo esteve presente da Assembleia, mas não cantou. Ao seu lado estiveram o presidente da comissão científica da candidatura, Rui Vieira Nery, a diretora do Museu do Fado, Sara Pereira, e a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]