Para João Brum Silveira, presidente da APIC “É uma honra partilhar conhecimentos e destacar as boas práticas de Portugal, com tão distintos especialistas internacionais. Na doença coronária multivaso, a presença de uma CTO concomitante é uma das principais razões de referenciação para revascularização cirúrgica. Paradoxalmente, a taxa de revascularização cirúrgica deste subgrupo de lesões ainda é frequentemente baixa motivando recorrência sintomática e diminuição da qualidade de vida dos doentes”.
E acrescenta: “Por este motivo, a Cardiologia de Intervenção deve mudar a sua atitude e investir no tratamento destas lesões evitando assim referenciação par uma cirurgia de revascularização cirúrgica potencialmente incompleta. A evidência atual mostra o impacto prognóstico positivo nos nossos doentes”.
João Brum Silveira, atual presidente da APIC, tem sido responsável pela implementação de um programa de tratamento de oclusões crónicas no laboratório de hemodinâmica do Hospital de Santo António, com elevadas taxas de sucesso e em segurança.
Uma CTO (Chronic Total Occlusion) é por definição uma situação em que existe uma obstrução total, isto é, 100% de uma artéria coronária, não havendo passagem de sangue para a irrigação do músculo cardíaco com mais de 3 meses de duração. Estas situações são encontradas em 18-20% dos doentes que efetuam cateterismo cardíaco diagnóstico.
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular.
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