A portuguesa Renata Gomes, investigadora do Biocant, da Universidade de Coimbra e da Universidade de Oxford, conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o prémio da British Heart Foundation. Desta vez a distinção foi na categoria de vídeo.
A portuguesa Renata Gomes, investigadora do Biocant, da Universidade de Coimbra e da Universidade de Oxford, conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o prémio da British Heart Foundation. Desta vez a distinção foi atribuída na categoria de vídeo.De acordo com o comunicado divulgado na passada sexta-feira pelo Biocant, o vídeo distinguido, da autoria de uma equipa liderada por Renata Gomes, apresenta o batimento de células cardíacas produzidas em laboratório a partir de células estaminais isoladas de coração. A investigação foi desenvolvida com o intuito de criar células passíveis de serem transplantadas para corações de pacientes cardíacos.
Esta operação, assente na utilização de nanomateriais que marcam e monitorizam as células estaminais, é capaz de restaurar a função do músculo cardíaco danificado, nomeadamente após enfarte do miocárdio. No seguimento das recentes descobertas Renata pretende desenvolver um novo sistema de monitorização das células transplantadas através de métodos não invasivos.
No concurso da British Heart Foundation (BHF), as imagens e os vídeos vencedores foram selecionados por um painel de jurados do qual faziam parte Alok Jha, anatomista de renome, Alice Roberts, autora e apresentadora de conceituados programas de ciência, e Peter Weissberg, Diretor Clínico da BHF.
Natural de Barcelos, Renata licenciou-se em Medicina Forense e encontra-se, atualmente, a viver em Londres. Em 2011 a cientista lusa venceu o prémio BHF na categoria de imagem.
Este ano, além do mesmo prémio da categoria de vídeo, Renata já acrescentou ao currículo a medalha de prata dos Science Engineering and Technology, atribuída pelo Parlamento britânico em Março, conforme o Boas Notícias adiantou à data.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]