“Cândida – Uma história portuguesa” é um espetáculo de André Murraças que aborda a vida de Cândida Branca Flor. O texto reflete o percurso da artista, focando a necessidade de ser amado e tentando perceber as expectativas de um público que tanto é capaz de adorar como esquecer. Para ver no Teatro Aberto, em Lisboa, de 14 de setembro a 02 de outubro.
O valor do legado artístico, o preço da entrega a um público, o desejo da fama e o amor enquanto negócio do “Eu Superstar”, são os temas abordados por esta personagem que conquista a fama num momento áureo da sua vida: o Festival RTP da Canção, 1982.
O texto original mistura o humor com a tragédia procurando perceber quem foi esta cantora popular que, “do nada”, se suicidou num subúrbio de Lisboa, abandonada, só, sem público nem amor.
Sílvia Filipe é a protagonista desta peça produzida pelo Grupo Cassefaz (50ª produção do grupo) em coprodução com o Novo Grupo Teatro Aberto. A atriz veste a pele de Cândida Branca Flor, uma das personalidades mais fascinantes e menos compreendidas da música popular portuguesa.
Da fama ao isolamento
Cândida Branca Flor (Beringel, 12 de Novembro de 1949 — Massamá, 11 de Julho de 2001) entrou na carreira artística integrando a Banda do Casaco, grupo inovador na música popular portuguesa dos anos 70. Entre 1978 e 1993, editou oito álbuns.
Nos últimos anos da sua vida colaborou com inúmeros nomes da música popular portuguesa – como por exemplo Carlos Paião – e deu espetáculos para os emigrantes portugueses no estrangeiro.
A 11 de julho de 2001, após um período mais apagado da sua carreira, suicidou-se no seu apartamento em Massamá, o que surpreendeu os seus admiradores devido à imagem de alegria contagiante que projetava em público.
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