Saúde

Cancro: Tratamento inovador desenvolvido no Minho

Investigadores da UMinho estão a desenvolver um mecanismo inovador capaz de transportar agentes terapêuticos diretamente às células cancerígenas e que poderá abrir portas a tratamentos mais eficazes e com menores efeitos secundários.
Versão para impressão
Investigadores do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho (UMinho) estão a desenvolver um mecanismo inovador capaz de transportar agentes terapêuticos diretamente às células cancerígenas e que poderá abrir portas a tratamentos mais eficazes e com menores efeitos secundários para combater aquela que é, atualmente, a segunda principal causa de morte na Europa.
 
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o CEB explica que o método se baseia numa partícula capaz de transportar inúmeros agentes terapêuticos (anticancerígenos) e direcioná-los, especificamente, para uma célula de cancro com a ajuda de moléculas que reconhecem e distinguem células doentes das células saudáveis.
 
Segundo os cientistas responsáveis por esta nova solução, que está a ser desenvolvida desde 2012, este “ataque” seletivo às celulas cancerígenas permitirá, por um lado, aumentar o efeito da terapêutica e, por outro, limitar os seus efeitos secundários, sendo estas as suas principais vantagens em relação aos tratamentos convencionais. 
 
“Tradicionalmente, a quimioterapia tem-se baseado no uso de drogas altamente citotóxicas que se ligam não especificamente a qualquer célula em divisão, induzindo toxicidade sistémica”, explica Leon Kluskens, investigador do CEB que está a coordenar o projeto científico.
 
A equipa da instituição portuguesa conseguiu, porém, identificar “algumas moléculas que permitem reconhecer e distinguir as células de cancro das saudáveis”, bem como “construir uma partícula que contém uma droga anti-cancerígena”.

Estes avanços vão possibilitar o desenvolvimento de um “tratamento anticancerígeno mais eficaz, dirigido para as células do cancro e, consequentemente, com menos efeitos negativos sobre as células saudáveis”. 

Testes 'in vitro' são o próximo passo 

 
O projeto do CEB, que conta com um tempo esperado e preparação e teste de um a dois anos, tem como foco o cancro da mama, mas Kluskens assegura que “o mesmo tipo de abordagem poderá ser explorado para outros cancros”. Os próximos passos serão, adianta, “a realização de testes 'in vitro' e a pesquisa de outros compostos anticancerígenos”. 
 
A investigação está a ser feita por uma equipa multidisciplinar constituída por Leon Kluskens, investigador responsável e especialista em biologia molecular, Lígia Rodrigues, especialista em cancro da mama e biologia sintética, Joana Azeredo, especialista em terapia fágica, e João Nuno Moreira, da Universidade de Coimbra, especialista em desenvolvimento de liposomas para libertação dirigida de drogas em tumores. 
 
O Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho é um centro de investigação, altamente tecnológico, que opera nas principais áreas da Biotecnologia e Bioengenharia. 
 
Em atividade desde 1995, e desde 2002 distinguido com o grau Excelência, o Centro tem como principal objetivo a integração entre a engenharia e as ciências da vida, de forma a potenciar o desenvolvimento de bioprocessos industriais inovadores.
 

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close