A isenção das taxas moderadoras vai manter-se para os doentes com cancro sem manifestação da doença cinco anos depois do diagnóstico. A garantia foi dada esta segunda-feira pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo.
A isenção das taxas moderadoras vai manter-se para os doentes com cancro sem manifestação da doença cinco anos depois do diagnóstico. A garantia foi dada esta segunda-feira pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, à margem de uma conferência promovida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
“As consultas feitas no seguimento de doentes que tiveram sessões de radioterapia e quimioterapia estarão também isentas” para os que sobreviveram à doença, adiantou o governante, citado pela Lusa, acrescentando que esta isenção “é mesmo para aqueles que não têm insuficiência económica e que não tenham incapacidade […] porque todos os outros estaria já bastante claro que estariam isentos”.
Na “Conferência sobre sobreviventes de cancro”, que está a decorrer, esta tarde, em Lisboa, Paulo Macedo afirmou que o Ministério da Saúde introduziu “um regime claro de taxas moderadoras que continua a isentar os doentes com cancro durante o tratamento e clarificando também agora a isenção no seu seguimento”.
O anúncio foi recebido com agrado pelo presidente da LPCC, Carlos Oliveira, que considerou que o ministro fez “uma excelente interpretação” da situação, já que “havia alguma confusão nesta área” porque, cinco anos após a doença, o paciente perde os 60% de invalidez que lhes são atribuídos.
Citando Paulo Macedo, o responsável informou ainda que esta questão vai ser “clarificada através de uma circular para os vários hospitais”, uma vez que este ponto, relativamente aos sobreviventes a longo-prazo, “tem sido um pouco confundindo” nalgumas instituições hospitalares.