Segundo comunicado da Universidade de Aveiro emitido em junho, uma equipa multidisciplinar de bioquímicos, espetroscopistas, médicos e patologistas da Universidade de Aveiro e da Faculdade de Medicina e Hospitais da Universidade de Coimbra está a investigar uma nova forma de diagnóstico do cancro do pulmão.
A investigação tem como ponto de partida as alterações metabólicas associadas a esta doença, detetadas de forma global e não seletiva, já que o cancro do pulmão raramente apresenta sintomas numa fase inicial, não é objeto de rastreio e na maior parte dos casos é diagnosticado tardiamente.
Através da análise de tecidos e biofluídos de doentes com carcinoma do pulmão, os investigadores detetam variações nos metabolitos endógenos. Por sua vez estes refletem alterações no metabolismo celular, e que é essencial para fornecer novos dados sobre a doença.
“Ao sermos capazes de detetar variações consistentes nestes metabolitos em função de uma dada patologia podemos, não só compreendê-la melhor do ponto de vista bioquímico, como encontrar novos biomarcadores com potencial diagnóstico”, explica no comunicado Iola Duarte, investigadora no Laboratório Associado CICECO.
Resultados
Os resultados já obtidos permitiram construir modelos de classificação que diferenciam indivíduos saudáveis dos doentes, com base nos perfis metabólicos de urina e plasma sanguíneo.
Iola Duarte assegura que esta informação por si só é um potencial de diagnóstico neste método e aponta para novos desafios que se prendem com a deteção precoce.
A investigação foi objeto de publicação no “Journal of Proteome Research” e no Jornal Oficial da Sociedade Europeia de Patologia “Virchows Archiv”.
Recentementea investigação recebeu o apoio da Liga Portuguesa contra o Cancro, com a atribuição de uma bolsa no valor de 5 mil euros.
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[Notícia sugerida por Silvia Mota]