Cientistas portugueses estão a desenvolver um tratamento inovador que elimina tumores malignos sem recorrer à cirurgia ou quimioterapia. A investigação ganhou destaque nos Estados Unidos da América.
Uma equipa de cientistas portugueses está a desenvolver um tratamento inovador que elimina tumores malignos sem recorrer à cirurgia ou quimioterapia. A investigação está a ser desenvolvida em Braga, pelo Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, e as últimas conclusões foram apresentadas na maior conferência em Biofotónica, nos EUA.
A biofotónia é uma terapia que atua a pulsos de luz com recurso a fibras óticas que permitem eliminar células tumorais. Em comunicado, Teresa Petersen, uma das mentoras do projeto, salienta que não foi encontrada uma cura para a doença, mas garante que este é um enorme progresso nos sistemas de combate ao cancro.
A equipa de investigadores descobriu que “as proteínas, essenciais para que haja vida, são nano estruturas com uma capacidade fantástica de interagir com a luz”. O processo de eliminação de tumores malignos consiste na desativação dessas proteínas recetoras do cancro, processo que faz com que as células cancerígenas morram.
Para além de dispensar operações e a quimioterapia, a investigadora Teresa Petersen considera que a grande vantagem deste tratamento pioneiro é o facto de poder ser “aplicado numa gama variada de tumores ” e de não invalidar o uso de outras terapias.
Segundo a Universidade do Minho, a investigação do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia está a ser desenvolvida há mais de quinze anos e foi iniciada com a identificação das moléculas associadas aos vários tipos de cancro. Após o sucesso desta fase, os cientistas encontraram o caminho para a biofotónia.
[Notícia sugerida por Elsa Martins e Lídia Dinis]