Não sendo tão desconfortável como as mamografias, os cientistas acreditam que pode incentivar a realização dos testes por parte das mulheres e promover uma deteção precoce da doença.
O estudo, publicado na revista científica PloS ONE, explica que o ar é alimentado para dentro de uma máquina, que analisa os níveis de compostos químicos. Os resultados são processados por um computador, que determina se o padrão químico indica a presença de cancro da mama.
O teste inovador é uma criação do Centro Médico da Universidade de Maastricht (MUMC), na Holanda, em conjunto com o Hospital Newark Beth Israel e o Centro Médico Sueco, ambos nos EUA, e ainda em colaboração com a empresa médica norte-americana Menssana Research.
“Várias investigações feitas já há 20 anos descobriram que as mulheres com cancro da mama têm compostos químicos voláteis anormais na sua respiração. Só recentemente, aprendemos a usar estes produtos químicos para fazer uma despitagem precoce”, explica em comunicado Michael Phillips da Menssana Research, empresa responsável pela produção e comercialização do teste.
“As mamografias são muitas vezes desconfortáveis, dolorosas e necessitam de uma dose de radiação potencialmente perigosa. Ao contrário, um teste de rastreio por respiração é seguro, eficiente e não-invasivo, não expondo os pacientes a qualquer radiação”, revela Roy Lasilang, médico oncologista do MUMC.
99% de rigor na isenção do cancro
De acordo com Michael Phillips, se a mulher apresentar um resultado negativo, há 99% de certeza que não tem cancro da mama não havendo assim necessidade de recorrer às mamografias de rotina.
Já para as mulheres que apresentem um resultado positivo no Breathlink, os cientistas aconselham a fazer, de seguida, uma mamografia.
O teste está já a venda nos EUA e na Europa mas segundo Phillips são necessários mais investigações antes do teste se tornar a primeira escolha no rastreio do cancro da mama.
“Estou otimista que nos próximos anos as pessoas vão olhar para o teste respiratório como a primeira escolha e será tão banal como fazer uma análise ao sangue”, concluiu.
Clique AQUI para ler o estudo (em inglês).
Notícia sugerida por Maria da Luz