O tratamento por radioterapia estereotáxica corporal (em inglês: “Stereotactic Body Radiation Therapy”, sigla SBRT) foi aplicado a 91 pacientes do Southwestern Medical Center da Universidade do Texas (UTSW). Comparativamente aos tratamentos mais convencionais, que podem exigir entre 40-45 sessões, este método SBRT só exigiu cinco tratamentos.
Os pacientes foram depois acompanhados durante cinco anos, período onde só foi registada uma reincidência. Nos restantes participantes o cancro entrou em remissão. Outros ensaios clínicos na UTSW estão a procurar expandir os tratamentos por SBRT a pacientes de elevado risco.
Terapia SBRT é mais rápida e potente
A terapia SBRT, descrita como uma forma não invasiva de radiação, implica uma dose elevada de feixes de radiação no corpo. Esta radiação concentrada e altamente dirigida deve partir, simultaneamente, de vários ângulos diferentes, que depois convergem e atingem o mesmo alvo.
“A nossa esperança é que a elevada potência desta forma de tratamento melhore o tratamento desses pacientes de forma significativa”, diz o médico Requibul Hannan (na foto), professor assistente de Radiação Oncológica e principal autor do estudo, em comunicado.
“A elevada taxa de cura é impressionante quando comparada com as taxas de cura a cinco anos reportadas por outras abordagens como cirurgia ou radiação convencional, com alcances entre 80 a 90%”, continua.
Outra vantagem deste tratamento é o facto do número de sessões ser radicalmente mais baixo. “O que temos agora é um método mais potente e eficiente de um tratamento não-invasivo para o cancro da próstata, [que pode ser] concluído em cinco tratamentos”.
“A atual forma de radiação requer 44 tratamentos ao longo de nove semanas. Em jeito de contraste, a terapia SBRT que usámos permite usar radiação altamente focada em apenas cinco tratamentos, permitindo que os pacientes retomem as suas vidas mais rapidamente”, diz Robert Timmerman, diretor do Centro de Tratamento Estereotáxico Annette Simmons da UTSW, professor e vice-presidente do Departamento de Radiação Oncológica. “O SBRT é mais conveniente e tem maior potência”, conclui o mesmo especialista.