Um grupo internacional de investigadores descobriu um novo anticorpo capaz de aumentar a sobrevivência dos pacientes com melanoma em estado avançado e de reduzir em mais de 40% o risco de progressão da doença.
Um grupo internacional de investigadores descobriu um novo anticorpo capaz de aumentar a sobrevivência dos pacientes com melanoma em estado avançado e de reduzir em mais de 40% o risco de progressão da doença, uma das formas mais mortíferas de cancro e que tem registado um número crescente de casos.
A equipa, coordenada por cientistas do Hospital Clínic de Barcelona, em Espanha, e cujo estudo foi publicado recentemente na revista científica “New England Journal of Medicine”, conseguiu demonstrar a eficácia de um novo anticorpo monoclonal capaz de ativar o sistema imunitário para que este ataque as células tumorais.
O tratamento do melanoma tem vindo a alterar-se significativamente nos últimos anos graças ao aparecimento de novos fármacos, baseados na imunoterapia, que têm aumentado a sobrevivência, restaurando a resposta antitumoral do sistema imunitário com recurso ao uso de anticorpos monoclonais.
No âmbito deste estudo, os cientistas compararam a utilização do anticorpo utilizado, atualmente, como primeira opção no tratamento do melanoma avançado – o 'ipilimumamb' – com a de um novo anticorpo, o 'pembrolizumab', que tem como alvo um recetor de linfócitos que ativa o sistema imunitário.
Mais de 800 pacientes receberam, de forma aleatória, um dos dois fármacos, tendo os investigadores concluído que o novo anticorpo se traduz numa melhor resposta ao tratamento com menos efeitos secundários.
Em comunicado, os especialistas afirmam que o 'pembrolizumab' aumenta a probabilidade de sobrevivência dos pacientes com melanoma metastizado, reduzindo, também, em cerca de 42% o risco de progressão da doença.
“Com este estudo, podemos acrescentar um novo fármaco ao arsenal terapêutico utilizado para tratar esta doença”, afirma Ana Arance, especialista sénior do serviço de Oncologia Médica do Hospital Clínic de Barcelona.
Segundo a investigadora, o hospital catalão já deu início a testes destinados a comprovar, também, a eficácia deste fármaco contra o cancro do pulmão.
Clique AQUI para aceder ao estudo completo (em inglês).
Notícia sugerida por Maria da Luz