Em Vancouver, no Canadá, um sem-abrigo é capaz de levar várias pessoas às lágrimas ao tocar de forma virtuosa um piano, numa loja de venda de artigos em segunda mão. Sem qualquer tipo de formação na área e sem sequer saber ler pautas, David Welsh imp
Em Vancouver, no Canadá, um sem-abrigo é capaz de levar várias pessoas às lágrimas ao tocar de forma virtuosa um piano, numa loja de venda de artigos em segunda mão. Sem qualquer tipo de formação na área e sem sequer saber ler pautas, David Allen Welsh impressiona os ouvintes sempre que se senta atrás do piano para mais uma das suas performances espontâneas.
Com os dedos severamente marcados pelos anos de frio que já passou na rua, o homem de 50 anos descobriu ter este talento natural para a música, tocando com tamanha efusividade que as suas criações espontâneas fazem lembrar clássicos.
Ao longo do último ano, todos os meses, Welsh tem feito uma ou duas visitas a esta loja canadiana, sentando-se atrás de um velho piano Solutions e emocionado os que por ali estão, que ficam espantados com o talento deste sem-abrigo.
Welsh diz que não tem controlo sobre a forma como toca e que apenas dá forma ao modo como a música lhe chega e toma conta de si. “Não sei tocar, mas gosto daquilo que oiço na minha cabeça”, diz. “Às vezes nem sei em que tecla é que estou a carregar, porque fecho os olhos e deixo a música fluir através dos dedos”.
Citados pela ABC News, os funcionários contam que David Welsh vive na rua desde os seis anos, não tendo qualquer tipo de formação musical ou conhecimentos de pautas. “É incrível”, conta a gerente, Rebecca Gore. “Já mostrei um vídeo dele a tocar a um professor de piano que costuma cá vir e que disse logo que ele faz uma coisa espantosa que é usar a mão esquerda como um iniciado e a direita para fazer a melodia”.
Welsh diz que não tem controlo sobre a forma como toca e que apenas dá forma ao modo como a música lhe chega e toma conta de si. “Não sei tocar, mas gosto daquilo que oiço na minha cabeça”, diz. “Às vezes nem sei em que tecla é que estou a carregar, porque fecho os olhos e deixo a música fluir através dos dedos”.
Segundo a gerente da loja, são várias as pessoas que ali entram e se sentam ao piano para o tocar durante um bocado. No entanto, nenhuma dá o mesmo espetáculo que Welsh, que toca de forma efusiva e arrebatadora, apesar dos dedos roxos e dormentes do frio.
James Maynard é cliente habitual da loja, que é também um café, indo para lá várias vezes, de propósito, só para ouvir o sem-abrigo, desde que o ouviu pela primeira vez. “Quando ele comçou a tocar, engasguei-me com o café.
Um cliente, James Maynard, que mora ao lado e regularmente vem para a loja para o café, se encheram de emoção quando ouviu jogo Welsh , pela primeira vez , dizendo que ele nunca tinha ouvido nada parecido. Dei por mim com as lágrimas a virem-me aos olhos, enquanto via os braços dele a percorrerem o teclado de uma ponta à outra, vezes e vezes sem conta”.
Natural do Iowa, Welsh diz que a música o ajudou a atravessar os momentos mais difíceis da sua vida e acredita que, no piano, os seus dedos são movidos por algum tipo de poder divino, uma vez que nunca aprendeu a tocar.
Os ouvintes, concordam. Maynard diz mesmo que, de cada vez que David toca “é como se o Espírito Santo entrasse pela loja. É uma alegria tão grande que excede qualquer razão. E muitas pessoas na sala sentem a mesma experiência espiritual”.