O ODM 5, virado para a saúde materno-infantil, precisa de uma atenção especial”, até porque “é o Objetivo (de Desenvolvimento do Milénio) menos conseguido, de todos é aquele em que os resultados estão mais aquém”, justificou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, em entrevista à agência Lusa.
João Gomes Cravinho sublinhou ainda que Portugal pode dar um contributo importante para a promoção deste ODM, já que tem “um percurso extraordinário precisamente nesta área da saúde materno-infantil”.
A evolução dos últimos 30 anos “honra o país” e Portugal “deve dedicar-lhe uma atenção especial, naturalmente mais nos países de expressão portuguesa”, onde pode “ter algum impacto”, disse o governante.
A campanha “ODM 5 – Nenhuma mulher deve morrer por dar vida” será lançada esta terça-feira na Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos, em Lisboa.
A campanha pelo ODM 5 surge numa altura em que as Nações Unidas se preparam para realizar a Cimeira dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, entre 20 e 22 de setembro, em Nova Iorque.
Em todo o mundo morre uma mulher por minuto por complicações durante a gravidez ou o parto, o que levou à inclusão da redução da mortalidade materna em 75 por cento até 2015 na lista dos ODM – fixados na Declaração do Milénio, adotada em 2000, por todos os Estados membros da Assembleia Geral das Nações Unidas.