O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, já garantiu a Bernard Henri-Lévy, segundo a AFP, que se vai ocupar do caso, como se de “um assunto pessoal” se tratasse.
Ontem, na sua “carta por dia” escreveu Carla Bruni-Sarkozy: “Em França, as crianças aprendem na escola que a clemência é a principal virtude dos governantes. Do fundo da sua cela, saiba que o meu marido [Nicolas Sarkozy] não desistirá de defender a sua causa e que a França não a abandonará”, escreveu a primeira-dama francesa, citada pelo jornal Público.
As várias campanhas em defesa de Sakineh entretanto lançadas em todo o mundo continuam a ganhar fôlego: Canadá, Grã-Bretanha, EUA, e Brasil que ofereceu asilo a Sakineh com Lula da Silva a lançar um apelo direto ao Presidente Ahmadinejad.
Intelectuais também lançaram um apelo global. A lista de signatários tem vindo a crescer de dia para dia: Bob Geldof, Ayaan Hirsi Ali, Milan Kundera, Jorge Semprún, Wole Soyinka, Simone Veil, Juliette Binoche, entre outros.
De acordo com o site da Amnistia Internacional, a sociedade civil também pode dar o seu contributo para ajudar a salvar a iraniana. Basta seguir as instruções e enviar você também uma carta predefinida por email, tal como explica o site da Amnistia.
Sakineh está desde 2006 na cadeia no oeste do Irão. Há quase cinco anos espera uma decisão definitiva depois da condenação por ter tido uma relação amorosa com dois homens depois da morte do marido. Numa primeira sentença foi condenada a 99 chicotadas infligidas à frente do filho.
Numa segunda, há uns meses, foi acusada de ter traído o marido, quando ele ainda era vivo o que lhe valeu a condenação de morte por apedrejamento, uma forma de punição habitual no território. O caso chegou aos jornais em todo o mundo no início de julho. A justiça iraniana anunciou a suspensão da pena por apedrejamento. Mas não a condenação à morte.