Saúde

Caminhadas são “comprimido” contra várias doenças

Caminhar 30 minutos por dia ajuda a prevenir inúmeras doenças relacionadas com o envelhecimento, desde a diabetes tipo 2, a certos tipos de cancro, passando por doenças do foro psiquiátrico como a depressão.
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Caminhar 30 minutos por dia ajuda a prevenir inúmeras doenças relacionadas com o envelhecimento, desde a diabetes tipo 2, a certos tipos de cancro, passando por doenças do foro psiquiátrico como a depressão, defendeu esta semana um investigador britânico no evento British Science Festival, que decorreu em Birmingham.
 
Fazer caminhadas de pelo menos 30 minutos por dia é um exercício simples mas que funciona de forma quase “milagrosa” ajudando a prevenir o envelhecimento precoce e várias doenças, disse no encontro o médico James Brown, da School of Life and Health Sciences da Universidade de Aston (Reino Unido).
 
Além de prevenir a diabetes tipo 2, certos tipos de cancro e problemas como a ansiedade ou a depressão, James Brown revela que este exercício diário ajuda a reduzir em 40% determinadas lesões, como as fraturas de anca.

Segundo avança a imprensa britânica, o especialista defendeu ainda que as caminhadas diárias podem evitar a progressão da doença de Alzheimer e reforçar as funções cognitivas, além de reduzirem as dores provocadas pela artrite e de diminuirem em 23% o risco de morte.

“Comprimido mágico”

“Estes benefícios não se verificam nas pessoas que praticam exercício intensivo, como correr em maratonas ou fazer levantamento de pesos, verificam-se nas pessoas que caminham todos os dias”, afirmou James Brown no encontro de cientistas e investigadores, referindo-se às caminhadas como “um comprimido mágico” mais eficaz do que qualquer medicamento.


O médico salientou os riscos de permanecer sedentário durante um longo período de tempo, sublinhando que isso pode levar a uma perda de massa muscular que nunca poderá ser recuperada. Brown avisa que esta situação, normalmente, reforça a inatividade pelo que deve ser prevenida.

Para ilustrar este caso, Brown apresentou os resultados de um estudo que comparou a recuperação de fraturas na perna em dois grupos: um com participantes jovens e outro grupo com participantes mais idosos.
 
Durante o tempo que estiveram com a perna imobilizada, os jovens perderam mais massa muscular (já que tinham mais músculo) mas recuperaram essa mesma massa muito mais rapidamente do que o grupo de participantes idosos, que ao fim de oito semanas ainda não tinha voltado à forma original.
 
Esta perda de massa, defende o especialista, pode levar as pessoas mais velhas a tornarem-se cada vez mais dependentes, além de poder conduzir a uma condição conhecida como “sarcopenia” que implica uma perda acentuada da força muscular. 

Notícia sugerida por António Resende

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