A indústria portuguesa de calçado mais do que duplicou as suas vendas para fora da Europa, diversificando as exportações para mais de 18 países nos últimos três anos.
A indústria portuguesa de calçado mais do que duplicou as suas vendas para fora da Europa, diversificando as exportações para mais de 18 países nos últimos três anos. Entre os 150 destinos dos cinco continentes para onde Portugal se encontra atualmente a exportar encontram-se estreias como Costa Rica, Iémen, Síria, Vietname e Tanzânia.
Os dados são avançados na edição de Abril da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) e surgem em resultado de uma aposta reforçada para lá da União Europeia. As exportações mais do que duplicaram nos últimos quatro anos para destinos de peso como a China, os EUA, o Japão e a Rússia, que já correspondem a 13% do total das vendas para fora, contra os 8% registados em 2008.
Em termos globais, o valor das exportações portuguesas de calçado aumentaram mais de 40% desde 2009, com um ritmo médio anual de 500 milhões de euros. Quanto a volumes, estes subiram de 63 para 74 milhões de pares.
A APICCAPS destaca o crescimento registado “praticamente em todos os importantes mercados”, com as vendas para a União Europeia a aumentarem 31% para 1.513 milhões de euros. Na França, os resultados registaram melhorias de 19%, aumentando as receitas para 428 milhões de euros, enquanto que na Alemanha, aumentaram 38% para 318 milhões de euros e na Holanda 41% para 234 milhões de euros.
Por sua vez, para o mercado britânico as vendas de calçado português aumentaram 14% e em Espanha 43% para 164 milhões de euros. Fora da Europa, o desempenho foi classificado pela própria entidade como “excelente”, traduzido num crescimento de 160% das vendas.
Aqui, o destaque vai para a Rússia (mais 491%), EUA (mais 237%), Angola (mais 107%), Canadá (mais 237%) e Japão (mais 126%). Desde 2009, as empresas portuguesas conseguiram também “despertar para a Austrália (com vendas já próximas dos 9 milhões de euros), a China (mais de 5 milhões) e os Emirados Árabes Unidos (próximo dos 5 milhões)”.