A investigação mostra ainda que esta capacidade é instintiva e genética e não depende do treino. De acordo com o estudo, publicado este mês no jornal Animal Cognition, a capacidade resulta da reprodução e da seleção genética, por isso tem tendência para ficar mais avançada ao longo do tempo.
Os cientistas observaram como 24 cães, com muito treino e outros inexperientes, reagiam aos gestos das pessoas, como por exemplo, apontar para um local para o cão se mover. Descobriram que os níveis de treino dos cães não fazem diferença na sua capacidade de resposta.
“Descobrimos que os níveis de formação não fazem nenhuma diferença – não o treino dos cães não fez a sua capacidade de captar sinais melhor ou pior”, disse Clare Cunningham, responsável pelo estudo, em comunicado de imprensa.
“O que fez a diferença foi o facto deles estarem familiarizados com o ser humano que estava a dar as pistas”, acrescentou.
A investigadora explicou ainda que “os cães têm tendência a prestar mais atenção aos seres humanos que conhecem”, o que pode significar que “podem interpretar o comportamento humano, com mais eficiência, à medida que a familiaridade cresce.”
No seu estudo, Clare Cunningham, mostra que os cães foram selecionados através do processo de domesticação para aceitar os seres humanos como seus parceiros sociais e, como tal, são muito bons a compreender o seu comportamento.
Segundo a investigadora este estudo indica que os cães “têm vindo a melhorar as suas competências” de interação (…) tornando-os cada vez mais sensíveis às pessoas com quem interagem”, uma capacidade que ao longo do tempo deverá ser cada vez mais reforçada.
Notícia sugerida por Maria da Luz