Os cães conseguem distinguir entre expressões faciais humanas felizes ou zangadas, revela um estudo austríaco publicado este mês. Esta é a primeira prova sólida de que estes animais, tais como os humanos, têm a capacidade de distinguir expressões.
Os cães conseguem distinguir entre expressões faciais humanas felizes ou zangadas, revela um estudo austríaco publicado este mês no jornal Current Biology. Esta é a primeira prova sólida de que estes animais, tais como os humanos, têm a capacidade de distinguir expressões.
Já tinham sido realizados, anteriormente, estudos para tentar estabelecer a capacidade dos cães de distinguir expressões humanas, mas até agora nenhuma das conclusões tinha sido convincente.
Neste novo estudo, os investigadores treinaram previamente os cães para discriminar imagens de uma mesma pessoa, conforma mostrava uma expressão feliz ou zangada.
Durante o treino os animais foram expostos apenas à parte de cima ou à parte debaixo dos rostos. Depois de decorarem as faces, os cães foram submetidos a novos testes para descriminarem as diferentes expressões. Nos testes, os investigadores usaram também expressões zangadas e contentes mas de pessoas diferentes das fotografias usadas no treino.
Mesmo assim, os cães foram capazes de distinguir as imagens que representavam expressões zangadas daquelas que revelavam expressões felizes.
“O nosso estudo revela que os cães conseguem distinguir entre expressões humanas felizes e expressões zangadas, que conseguem perceber que estas expressões têm significados distintos, e que conseguem fazer esta distinção não só em relação a pessoas que conhecem bem como em relação a desconhecidos,” diz Ludwig Huber, autor principal do estudo e diretor da Universidade de Medicina Veterinária de Viena.
“Ainda não conseguimos dizer ao certo que significado tem estas expressões para os animais mas parece evidentes que os cães dão um significado positivo a uma cara feliz e um significado negativo a uma cara zangada”, diz o investigador.
Ludwig Huber explicou que os animais mostraram relutância em receber uma recompense alimentar perante expressões zangadas, sugerindo que preferem manter-se afastados de pessoas com cara de “poucos amigos”.
Os investigadores querem ir mais longe e estudar, em breve, de que forma o estado de espírito dos seres humanos influencia o bem-estar destes animais. “Esperamos obter informação importante sobre este laço extraordinário que existe entre os seres humanos e os eus melhores amigos de quatro patas”, conclui o investigador.
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