Os três números da revista foram editados em 1935 com um propósito interventivo, embora discreto, já que se viviam os primeiros anos do Estado Novo. Almada Negreiros utilizou a revista “Sudoeste” para “alfinetar o regime”, segundo a Hemeroteca, e “insisitir no valor absoluto do Homem”.
Inicialmente era esperado que o projeto tivesse uma periodicidade mensal, no entanto apenas 3 números foram editados em junho, outubro e novembro de 1935.
Também em termos de autores houve reajustes. Pretendia-se que os “Cadernos de Almada” fossem da responsabilidade única de Almada Negreiros, que criou os conteúdos das duas primeiras edições, no entanto a terceira já contou com colaborações de outros ilustres autores.
Alguns dos artistas da época que participaram nesta terceira edição foram Fernando Pessoa e o seu heterónimo Álvaro de Campos, José Régio, Mário de Sá Carneiro e Adolfo Casais Monteiro.
Segundo a Hemeroteca Municipal de Lisboa esta publicação não pretendia ser uma revista de qualquer movimento, mas um “projeto aberto a correntes e tendências inovadoras ou consagradas”.
Apesar de ter sido afetada pelo Estado Novo, a “Sudoeste” é vista como uma ponte entre as gerações como as que editaram as publicações “Orpheu” e “Presença”.
Aceda AQUI aos três números da revista.