Uma cadeira de rodas com "pernas" que é capaz de subir escadas poderá vir a revolucionar a vida das pessoas com mobilidade reduzida que se debatem com obstáculos a cada esquina.
Uma cadeira de rodas com “pernas” que é capaz de subir escadas poderá vir a revolucionar a vida das pessoas com mobilidade reduzida que se debatem com obstáculos a cada esquina. A invenção desenvolvida no Chiba Institute of Technology, no Japão, ainda está em fase de protótipo, mas os resultados conseguidos até ao momento estão a animar os seus criadores.
De acordo com a Diginfo.tv, o robô, que tem quatro rodas, é capaz de completar uma grande variedade de movimentos. Além de circular normalmente, como uma cadeira convencional, é capaz de ultrapassar obstáculos caso se depare com um degrau ou outro impedimento do género, fazendo as rodas funcionar como “pernas”.
Além disso, quando o utilizador da cadeira de rodas está a deslocar-se num terreno que não é plano, esta consegue controlar o assento, garantindo que o mesmo se mantém estável. Tudo o que é preciso fazer é dizer-lhe, através de um comando, em que direção deve ir, e o robô adapta-se e reconhece automaticamente o local em volta, movendo-se de forma adequada.
“O robô tem sensores nos 'pés' para detetar se existe algo perto de si. Também consegue calcular a que distância está de um degrau e, usando de forma coordenada vários componentes, é capaz de estimar a altura do degrau”, explica Shuro Nakajima, que liderou a equipa responsável pela criação.
Cadeira vai ser testada por utilizadores com deficiência
“Se o robô detetar um degrau, é capaz de calcular se consegue ou não levantar a 'perna' mais próxima. O levantamento das 'pernas' não é imediato, o sistema faz alguns movimentos preparatórios para garantir a estabilidade da cadeira”, assegurando também a segurança do utilizador, acrescenta Nakajima em declarações à DigInfo.tv.
Segundo os seus mentores, esta cadeira inovadora dispõe ainda de um sistema que lhe permite rodar sobre si própria, o que permite uma inversão de marcha fácil, até em espaços apertados. “O meio mais eficiente de nos deslocarmos em superfícies pavimentadas é usar rodas, como acontece com os carros. Portanto, o nosso robô usa maioritariamente rodas, mas rodas que se conseguem transformar em rodas”, salienta o coordenador.
O próximo passo do projeto, adianta Nakajiama, será “disponibilizar o robô a um grupo de pessoas com mobilidade reduzida para o avaliarem, de forma a afinar a experiência do utilizador”. Entretanto, a equipa continuará a apresentar o conceito ao mundo, mostrando-se satisfeita com os benefícios que já concluiu que esta cadeira pode oferecer.