Estudos recentes da Universidade dos Açores (UAç) revelam que o grande número de baleias que passa pelo mar daquele arquipélago, na primavera e no verão, pode estar associado à crescente produção de organismos que servem de alimento àqueles cetáceos.
Estudos recentes da Universidade dos Açores (UAç) revelam que o grande número de baleias que passa pelo mar daquele arquipélago, na primavera e no verão, pode estar associado à crescente produção de organismos que servem de alimento àqueles cetáceos.Um dos organismos que regista uma “explosão de produção” no mar dos Açores é o “krill”do Atlântico Norte, “um crustáceo altamente calórico que poderá ser uma importante fonte de energia para as baleias durante a sua migração”, explica Rui Prieto, investigador da UAç, citado pela agência Lusa.
O responsável alega que a passagem de um grande número de baleias pelos Açores pode também ser favorecida pela presença de montes submarinos, que servem “como marcos no meio do oceano”, ajudando os animais a navegar “de e para áreas de alimentação”, embora este processo não tenha sido desvendado na sua totalidade.
Rui Prieto está envolvido no desenvolvimento de um programa de telemetria por satélite que visa acompanhar algumas baleias nas quais foram implantados transmissores. Estes dispositivos recolhem dados que ajudam a “compreender o que estes animais fazem enquanto permanecem nos Açores e o que os atrai a este arquipélago”.
De acordo com a Lusa, o programa implementado pelo Departamento de Oceanografia e Pescas e pelo IMAR da UAç integra, desde o ano passado, a exposição permanente do Museu da Baleação de New Beford (EUA), onde é apresentado como exemplo da utilização de novas tecnologias na investigação de cetáceos.