A investigação foi feita com base na revisão de vinte estudos da Cochrane Library que envolveram mais de 850 sujeitos aos quais foram administradas diferentes doses de cacau e de chocolate preto ricos em flavonoides.
O impacto deste alimento na pressão sanguínea foi depois comparado com vários grupos de controlo, tendo os investigadores concluído que os indivíduos que ingeriam cacau registaram uma descida na pressão arterial em cerca de 2-3 mm Hg.
No artigo agora divulgado, os investigadores atribuem este efeito ao facto dos flavonoides produzirem uma substância química conhecida por óxido nítrico, que “relaxa” os vasos sanguíneos facilitando a circulação do sangue e diminuindo a pressão.
No entanto, a investigadora principal desta análise, Karin Ried, do Instituto Nacional de Medicina Integrada de Melbourne (Austrália), avisa que a maior parte dos estudos apenas investigou os efeitos do consumo de cacau a curto prazo (cerca de duas semanas), pelo que será ainda necessário realizar um estudo sobre os efeitos a longo prazo.
A investigadora sublinha que, apesar da ausência de estudos a longo prazo, os participantes analisados revelaram uma “pequena mas significativa descida da pressão arterial” pelo que o consumo de cacau “pode complementar outras opções de tratamento contribuindo para reduzir o risco de doenças cardiovasculares”.
A pressão arterial alta – ou hipertensão – é uma das doenças mais comuns em todo o mundo e calcula-se que seja responsável por cerca de 50 por cento das doenças cardiovasculares.
A prática de exercício físico e uma dieta equilibrada que inclua o consumo de alimentos rico em flavonoides – nos quais se incluem, além do cacau, os frutos vermelhos e as maçãs, entre outros – pode ajudar a combater estes problemas.
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