A caminhada começou a 2 de abril de 2008, no Peru, onde nasce o rio e chegará à costa atlântica, na região brasileira do Pará, já no próximo dia 9 de agosto.
“Todos me diziam que era impossível, e eu provei-lhes que estão errados”, conta Ed Stafford, 34 anos, à BBC.
O percurso, contudo, não foi pacífico. Ed foi acusado de crimes, esteve quase preso, enfrentou picadas de inúmeros bichos e insetos, escapou a venenos poderosos e até foi obrigado a engolir cimento por uma tribo hostil.
Ed não chegará sozinho neste final de percurso na foz do rio Amazonas, no Pará. Com ele segue Gadiel Cho Sanchez Rivera que, em agosto de 2008, decidiu juntar-se a ele e “ajudar este louco a passar por entre áreas perigosas e controladas por traficantes de droga e tribos hostis”.
Ed Stafford foi considerado como “verdadeiramente espetacular”, conforme referiu Sir Ranulph Fiennes à BBC. “Ninguém conseguiu fazer isto até agora”, conclui.
“Como se a distância [mais de 7 mil quilómetros] não fosse um desafio, a floresta densa, as picadas de insetos, cobras e a incerteza do que há à frente, seriam todas situações que impediriam o mais audaz dos exploradores”.
“Fazer isto em mais de 800 dias consecutivos com uma mochila à costa põe a resistência de Stafford no topo da liga de qualquer expedição passada ou presente”, conclui o mesmo especialista.
