Mundo

Britânica torna-se investigadora após vencer cancro

Depois de ter vencido uma leucemia quando era criança, Vicky Forster, hoje com 25 anos, decidiu tornar-se investigadora na área do cancro e, este mês, concluiu o doutoramento que lhe permitirá continuar o seu caminho.
Versão para impressão
A história de uma jovem britânica está a ser considerada uma inspiração um pouco por todo o mundo. Depois de ter vencido uma leucemia quando era criança, Vicky Forster, hoje com 25 anos, decidiu tornar-se investigadora na área do cancro e, este mês, concluiu o doutoramento que lhe permitirá continuar o seu caminho.
 
“Querido cancro, derrotei-te aos oito anos e hoje doutorei-me em investigação sobre o cancro. Toma esta”, escreveu Vicky no seu twitter após receber a notícia da aprovação da sua tese. Foram estas as palavras que a tornaram popular online, tendo a mensagem sido partilhada milhares de vezes e em diversas línguas. 
 
Para a investigadora, o resultado mais positivo de toda esta repercussão foram as palavras de pessoas na mesma situação que, graças à sua experiência, ganharam esperança. “A melhor coisa do meu “tweet” foi o facto de ter recebido mensagens de oito ou dez famílias afetadas pelo cancro a dizer coisas como: obrigada por partilhar a sua história, ela prova que dá para viver uma vida normal”, explicou em entrevista telefónica à BBC Brasil.
 
Vicky Forster soube que tinha leucemia quando tinha apenas sete anos. Durante dois anos e meio passou por tratamentos mas garante que, graças às pessoas ao seu redor, “como médicos e enfermeiras”, a maioria das memórias que guarda da época são boas.
 
A experiência acabou por marcar decisivamente a sua vida pessoal, mas também a profissional. Desde cedo, Vicky começou a interessar-se pelas ciências e pela química e, ainda em criança, passava horas a conversar com os médicos sobre a doença e os efeitos dos fármacos que tomava.
 
“Obter esse conhecimento despertou o meu interesse em biologia”, contou. A jovem formou-se em ciências biomédicas e doutorou-se recentemente, após três anos de estudo. Agora, a investigadora vai continuar o seu trabalho no Northern Institute for Cancer Research em Newcastle, estando à procura de financiamento.
 
Apesar da enorme repercussão que a sua história tem tido, Vicky diz que a experiência pela qual passou “é apenas mais uma”. “Todos os que trabalham comigo ou fazem investigações sobre cancro no mundo têm as suas razões para isso. Muitos também tiveram a doença ou perderam um familiar”, salientou a investigadora.
 
“Estou muito feliz por ser julgada simplesmente pela qualidade do meu trabalho. A minha história não me torna melhor, só me aproxima dos pacientes”, concluiu.
 
De acordo com a BBC Brasil, as investigações de Vicky focam-se na leucemia mielóide crónica, em especial em algumas fusões e subfusões genéticas que conduzem ao desenvolvimento da doença. O objetivo é abrir caminho a outros estudos com enfoque na prevenção ou num tratamento mais adequado destas mutações.

Comentários

comentários

Etiquetas

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close