Investigadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um método, a partir de nanopartículas, que permite um diagnóstico mais rápido de leucemia. Os resultados foram divulgados este mês e estão agora em fase experimental.
Investigadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um método, a partir de nanopartículas, que permite um diagnóstico mais rápido de leucemia. Os resultados foram divulgados este mês e estão agora em fase experimental.
A leucemia é o cancro mais difícil de localizar, uma vez que não se forma um tumor sólido, ficando as células cancerígenas em circulação. Assim, o processo de deteção da doença é mais longo e implica exames mais complexos e dispendiosos.
Procurando resolver este problema, o novo método pretende ser “uma primeira abordagem para ver se há necessidade de fazer exames mais completos”, diz Valentir Zucolotto, do grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia da USP, citado pela Lusa.
Tendo por base a produção excessiva de açúcares, característica das células cancerígenas, os cientistas isolaram uma proteína, a 'jacalina', e revestiram-na numa nanopartícula – “uma bola de ouro mil vezes inferior ao tamanho da célula cancerígena”.
Essa mesma proteína foi, posteriormente, “colocada numa amostra de sangue do paciente afetado, durante três horas”. Depois disso foi “enxaguada, centrifugada e finalmente analisada”.
Com este processo, as células cancerígenas passam a ser facilmente identificadas, adotando uma coloração “flurescente”, ao contrário das saudáveis que não sofrem alterações a esse nível”, explica o especialista.
Os investigadores estão agora à procura de apoios para avançar com o método para fora do laboratório e transformá-lo “numa opção real de diagnóstico”.
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