Cultura

Brasil: Tributo ao escritor José Saramago

Chico Buarque e Pílar del Río participaram nesta passada quinta-feira, em São Paulo, numa homenagem ao escritor e Nobel português José Saramago. O local escolhido, o Teatro de Sesc, era um dos preferidos de Saramago e foi onde se reuniram amigos do e
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[Fotografia: © Fundação José Saramago]

Chico Buarque e Pílar del Río participaram nesta passada quinta-feira, em São Paulo, numa homenagem ao escritor e Nobel português José Saramago. O local escolhido, o Teatro de Sesc, era um dos preferidos de Saramago e foi onde se reuniram amigos do escritor que leram passagens de livros da autoria do Nobel.

“José Saramago fez muitos amigos no Brasil, um dos mais próximos foi Chico Buarque, que aqui representa todos aqueles que o José deixou”, disse Luiz Schwarcz, editor de Saramago no Brasil, citado pela Lusa.

Pilar del Río, viúva de Saramago, abriu a sessão de homenagem com a leitura de uma passagem de “As Intermitências da Morte”, e Chico Buarque encerrou o evento com um trecho de “O Ano da Morte de Ricardo Reis”.

Outras três atrizes brasileiras, Denise Weinberg, Bete Coelho e Lígia Cortez, revezaram-se no palco com a leitura de passagens de “Ensaio Sobre a Cegueira” e “Memorial do Convento”.

Entre cada um das leituras, foram exibidas imagens do documentário “José e Pilar”, do realizador português Miguel Gonçalves Mendes, e fotos do arquivo pessoal de Saramago.

O brasileiro Fernando Meirelles, realizador do filme “Ensaio Sobre a Cegueira”, também participou nesta homenagem a Saramago.
“Saramago continua vivo, obra e memória não o deixam morrer”, disse o diretor do teatro, Danilo de Miranda, para quem o autor português foi uma “voz altiva que não temia controvérsia”.

“Aqui jaz, indignado, fulano de tal” foi a inscrição para lápide sugerida por José Saramago e que foi projetada no final do tributo. Neste trecho final,de acordo com o jornal Globo, Saramago justifica que a indignação se deve não só a não estar mais vivo, “mas também por ter entrado num mundo injusto e ter saído de um mundo injusto”. O escritor português faleceu em junho aos 87 anos.

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