O Ministério da Saúde do Brasil acredita que estes profissionais podem ajudar a resolver a falta de acesso para as comunidades que mais necessitam. “Não se faz saúde sem médicos. O Brasil precisa de mais médicos com mais qualidade e mais próximos da população”, garante Alexandre Padilha, ministro da saúde brasileiro, em declarações à Agência Brasil.
Um dos fatores que leva o governo do Brasil a procurar profissionais de saúde em Portugal e Espanha é a “situação de 30% de desemprego” nestes países. Alexandre Padilha refere que são “médicos de muita qualidade, que falam português” e que, por isso, podem adaptar-se ao sistema brasileiro.
O ministro da saúde afirma que uma das causas para a falta de profissionais é “a dificuldade de atrair médicos para as áreas mais carentes, para as periferias das cidades e para o interior”. Para além da contratação de médicos de outros países, o país vai apostar na ampliação do “número de vagas nos cursos de medicina nas universidades” brasileiras.
O período de aplicação da medida e contratação de médicos ainda não foi anunciado. O Brasil quer acompanhar a tendência de contratação de países como a Inglaterra, o Canadá e a Austrália que hoje têm percentagens de médicos estrangeiros nos seus serviços entre os 17 e os 40%. Os hospitais brasileiros têm apenas 1% de médicos vindos de outros países.