O Brasil poderá participar de uma força de estabilização na Guiné-Bissau, um pequeno país da África que depois da independência, em 1973, já sofreu vários golpes e tentativas, a última delas em abril deste ano.
O Brasil poderá participar de uma força de estabilização na Guiné-Bissau, um pequeno país da África que depois da independência, em 1973, já sofreu vários golpes e tentativas, a última delas em abril deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a visita do presidente Malam Bacai Sanhá, eleito em junho do ano passado, depois do assassinato de Nino Vieira.
De acordo com o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, o Brasil tem cooperado para a estabilização do país africano por meio de iniciativas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para Marco Aurélio, no entanto, a ordenação política do país passa por questões econômicas e sociais também. Um dos problemas a serem enfrentados é a crônica falta de energia. Mas o Brasil está disposto também a perdoar parte da dívida de Guiné-Bissau.
“O país está passando por uma transição que nós queremos estimular. Há alguns países no mundo que, se não houver um apoio da comunidade internacional, eles vão criar grandes problemas futuros para a comunidade internacional.Lá não é um estado falido, é um estado que governa, e queremos ajudar. E, nesse particular, vemos uma sintonia muito grande no governo de Guiné Bissau com o governo brasileiro”.
Sobre o possível envio de tropas brasileiras para atuarem com força de paz em Guiné-Bissau, Marco Aurélio disse que é necessário analisar o assunto tecnicamente.