Contudo, o mesmo estudo (intitulado “Dimensão, evolução e projeção da pobreza por região e por estado no Brasil”) ressalva que a diminuição da pobreza não se relaciona apenas com o crescimento económico.
“O crescimento económico, ainda que indispensável, não se mostra suficiente para elevar o padrão de vida dos brasileiros”, refere o documento do IPEA, ao destacar que regiões com maior expansão económica “não foram necessariamente as que mais reduziram a pobreza e a desigualdade”.
Assim aconteceu com a região Centro-Oeste do Brasil, onde foi registado o maior ritmo médio anual de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, mas também o pior desempenho em termos de redução da taxa de pobreza.
Por contraste, a região Sul apresentou o menor ritmo de expansão do PIB por habitante, mas obteve o melhor desempenho em termos de diminuição da pobreza a nível nacional.
Assim, o IPEA reforça a necessidade do “aperfeiçoamento de políticas públicas”, indicando que essa “combinação do crescimento económico com avanços sociais” poderá ajudar o Brasil a “eliminar” a pobreza absoluta, “uma das suas principais chagas”, na segunda década do século XXI.