O empresário explicou que este software permite transformar em texto “dados multimédia, quer áudios quer sejam vídeo, tudo de forma automática”.
Isto implica, segundo o acionista, “ter uma tecnologia robusta, madura, capaz de processar grandes quantidades de áudio, em tempo útil, usando grandes dicionários”.
A VoiceInteraction está especialmente direcionada para a comercialização no Brasil, por este ser um mercado sem concorrência.
Para além disso, este software ainda não é aplicável no nosso país porque, segundo Cassaca, “a captura do áudio nos tribunais brasileiros assenta sobre uma infraestrutura madura, que permite que o som gravado nas audiências seja processado computacionalmente, cenário este que ainda não tem paralelo em Portugal”.
Numa perspetiva longo prazo, a VoiceInteraction pretende alargar a cobertura para os 27 estados do Brasil. Por agora, a empresa já tem acordo assinado com o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná e com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, representando 300 salas de audiências. Segundo Cassaca, este negócio “trará à empresa um valor de 125 mil euros de faturação já em 2011”.
O acionista da empresa explicou à Lusa que o que diferencia o software português dos restantes é a sua capacidade de “reconhecer, em tempo real, sobre um grande espaço de procura, isto é, dicionários bastantes grandes, num tempo útil”.
A VoiceInteration foi constituída em 2008 e surge no spin-off do INESC-ID Lisboa, tendo desenvolvido tecnologias na área do processamento da fala.
[Notícia sugerida por Teresa Teixeira]