Ambiente

Brasil: Banhistas salvam 30 golfinhos encalhados

Banhistas de uma praia em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, resgataram cerca de 30 golfinhos que encalharam inesperadamente na última segunda-feira.
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Banhistas de uma praia em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, resgataram cerca de 30 golfinhos que encalharam inesperadamente na última segunda-feira. O vídeo do salvamento está a circular nas redes sociais e tem feito um enorme sucesso, contando já com mais de 365 mil visualizações no Youtube.
 
Através do vídeo, filmado por Gerd Traue, uma turista que se encontrava no local, é possível observar o momento em que os animais se aproximam da costa e começam a ficar presos na areia, verificando-se que alguns tentam, ainda, recuar, mas sem sucesso.

Apercebendo-se do que se passava, quem se encontrava na praia quis ajudar e, num gesto coletivo, moradores, turistas e funcionários de limpeza da praia decidiram avançar para o resgate. 

 
Marcelo Szpilman, biólogo marinho e diretor do instituto Aqualung, disse à agência O Globo que “o procedimento dos banhistas foi correto, embora arriscado para todos”.

De acordo com o especialista, “não adianta puxar os golfinhos pela cauda na areia porque isso vai acabar por magoá-los. Há também o risco de o animal morder ou, ao mover-se, atingir a pessoa”. O sucesso da ação terá tido a ver com o facto de o grupo de cetáceos estar junto à costa mas numa zona que tinha alguma água.

 
No entanto, Marcelo Szpilman acredita que o gesto foi o mais acertado, embora feito com algum descuido devido ao desconhecimento. “Felizmente conseguiram fazer com que todos voltassem para o mar. Em muitos casos, salvamo-los mas, depois, eles encalham novamente, o que não aconteceu”, contou, salientando que cada um dos animais deveria pesar entre 60 a 80 quilos.
 
Ainda segundo o biólogo marinho, a razão para o sucedido pode ter a ver com a poluição sonora, que terá desorientado os animais, ou com alguma perseguição dos golfinhos a um cardume de peixes que os fez aproximar mais do que deveriam da costa sem terem notado.
 
Uma vez que o acontecimento é muito raro, investigadores norte-americanos já se ofereceram para colaborar com o Brasil na análise do caso através de uma série de estudos. 

[Notícia sugerida por Sett Francilene e Cátia Tavares]

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