Em São Paulo, no Brasil, um grupo de ativistas invadiu, na passada sexta-feira, a sede do Instituto Royal para resgatar cerca de 200 cães de raça Beagle que ali eram criados para, depois, serem usados em testes de produtos cosméticos e farmacêuticos.
Em São Paulo, no Brasil, um grupo de ativistas invadiu, na passada sexta-feira, a sede do Instituto Royal para resgatar cerca de 200 cães de raça Beagle que ali eram criados para, depois, serem usados em testes de produtos cosméticos e farmacêuticos.
A ação contou com cerca de 150 pessoas e com o apoio de grupos como os Anonymous e os Black Blocs. Os ativistas arrombaram várias jaulas, conseguindo resgatar os cachorros, todos de raça Beagle. Os mesmos foram depois levados, de carro, para diferentes clínicas veterinárias particulares da região.
Giuliana Stefanini, uma das participantes no resgate, conta ao jornal Globo que seis animais tinham tumores, outros haviam sido mutilados e que um outro grupo nem sequer olhos tinha. No laboratório, foram ainda encontrados vários fetos de ratos e um cão congelado em nitrogénio líquido.
O protesto começou por volta das 16h desta sexta-feira, com apenas cerca de 35 pessoas. No entanto, segundo a Guarda Civil Municipal, à noite, o número de manifestantes começou a aumentar e, por volta das 2h, eram já mais de 150 as pessoas, divididas em grupos, em frente às duas entradas da clínica.
Na origem do protesto estavam suspeitas de maus tratos a animais, nomeadamente cães de raça Beagle, que eram usados em ensaios clínicos de medicamentos que estão previstos ser lançados no mercado.
Por serem de médio porte, meigos e considerados de raça pura, os Beagles, teoricamente, registam menores variações genéticas, o que torna os resultados dos testes mais precisos e credíveis.
O Instituto Royal, alvo da manifestação, está agora a ser investigado pelo Ministério Público de São Paulo e os animais resgatados vão ser disponibilizados para adoção.
Notícia sugerida por Carla Neves