Os idosos que não conseguem por limitações físicas subir para o cavalo participam em outro tipo de tarefas sobre como tratar o animal e que são igualmente enriquecedoras e contribuem para o reforçar de laços não só para com os animais mas também entre os próprios idosos que convivem mais entre si.
Para muitos destes novos cavaleiros não foi propriamente novidade já que faziam uso de burros quando trabalhavam no campo. A oportunidade surge assim como uma maneira de relembrarem os tempos antigos.
“Montei até aos meus 15 quinze anos, fui criado com isto mas depois deixei. Agora foi bom recomeçar, sim. É como andar de bicicleta, nunca se esquece”, contou à reportagem da SIC Luis Silva, utente da Misericórdia de Bragança”.
Os passeios são limitados ao picadeiro mas mesmo assim é o suficiente para tirar benefícios desta atividade física. Segundo Tiago Asseiro, técnico da Misericórdia de Bragança, esses benefícios refletem-se a nível físico, com maior controlo da postura e do equilíbrio e a nível mental ajuda-os a aumentar a concentração.
“Distrai, convivemos uns com os outros. Eu venho com o meu marido, não os conhecia e agora estou a conhecer”, conta à SIC outra das utentes satisfeita com a oportunidade em que relembra os tempos de juventude em que gostava de correr a cavalo.
É mais do aspeto afetivo que esta atividade é muito saudável para eles. Dá-lhes ânimo e fá-los reviver o passado deles”, justifica Augusto Morai, da Associação Equestre de Bragança.