A candidatura do santuário do Bom Jesus a património mundial da UNESCO está ainda “num estado embrionário”, conforme disse à Lusa o presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, João Varanda. A decisão “advém de uma sequência de ações e intervenções no santuário”, explicou o responsável.
A candidatura do Bom Jesus do Monte a património mundial surge também no âmbito das comemorações dos 200 anos de conclusão do templo. “Depois de todo o esforço da confraria na reabilitação do local este é o passo a dar”, afirmou João Varanda.
Embora o Bom Jesus do Monte seja já uma referência nacional carece de uma dimensão internacional que João Varanda acredita que pode resultar desta candidatura.
Já foi criada uma comissão para organizar a ida a concurso que terá como “alicerce” o Congresso Luso-Brasileiro do Barroco, a realizar em Braga em outubro. O presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte espera que neste congresso sejam apresentados “trabalhos de grande qualidade científica que vão engrossar o dossier de candidatura à UNESCO”.
Para João Varanda o valor deste monumento ultrapassa as barreiras arquitetónicas e religiosas, tendo ” um potencial cultural que é preciso explorar e dinamizar”.
O responsável lembrou ainda que “há locais de culto inspirados neste que são património mundial, como o Bom Jesus de Matosinhos, em Cegonhas, Brasil. É justo e merecido que o original também o seja”.
[Esta notícia foi sugerida por Patrícia Guedes]