O jornal PÚBLICO conta que a BP reservou baías para estacionar duas grandes barcas que funcionam como hotéis flutuantes. Nessas barcas foram empilhados contentores. Em cada contentor há três “quartos” com quatro beliches, duas retretes e dois chuveiros. Há ar condicionado, mas nem uma única janela.
“Este é o mesmo equipamento e estas são exatamente as mesmas condições em que vivem os trabalhadores das plataformas em alto mar”, explica Chad Martin, dono da companhia que fornece as acomodações.
Em terra firme foi construída uma “cidade de tendas” destinadas aos voluntários. Há três pavilhões para dormir (a lotação é de 84 camas por tenda), instalações sanitárias, e ainda um grande refeitório e área recreativa e de entretenimento.
“A ideia é que os trabalhadores cheguem e tenham à sua disposição uma infraestrutura que garante que eles podem descansar e recuperar-se para o dia seguinte”, explica Forrest Jackson, o director executivo da Cottonwood, encarregada da construção. A empresa garante a limpeza e a alimentação: “Estamos capacitados para servir três refeições por dia a mil pessoas”.
Toda este aparato irá permitir ganhar cerca de quatro horas por dia de trabalho. Irá evitar as deslocações dos milhares de contratados que se dirigiam diariamente em autocarros para os locais de limpeza. A BP está ainda a providenciar locais menos precários para acolher estes trabalhadores de acordo com mesma fonte ouvida pelo PÚBLICO nos EUA.
O trabalho de limpeza das praias afetadas pelo derrame de petróleo no Golfo do México está a ter bons resultados. Apesar de ser um trabalho pouco difícil não deixa de ser árduo pelas condições em que têm de trabalhar: longas horas debaixo de um calor húmido e impiedoso.
A BP continua os esforços para travar o derrame de petróleo. Conseguiu colocar uma cúpula para confinar a fuga que se alastra há 46 dias.
[Notícia sugerida pelo utilizador Pedro Eufrásia]