Esta cidade sueca chega inclusivamente a importar lixo, uma vez que a sua produção própria não é suficiente para abastecer os geradores de biogás, um dos mais avançados da Europa.
Segundo o professor de biotecnologia da Universidade de Boras, Mohamamd Taherzadeh, a cidade produz três milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos: “Para atender à procura de energia, analisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador”.
Este modelo de gestão de resíduos sólidos começou a ser aplicado em meados de 1995, tendo ganho um grande impulso em 2002, com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países membros da União Europeia.
Nessa altura, a cidade introduziu um sistema de recolha seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias, despejando-os em contentores espalhados pela cidade.
A novidade reside no facto de o lixo seguir para uma central elétrica onde é separado e encaminhado para reciclagem, compostagem ou incineração.
“Comecámos o projeto em escala pequena, que pode ser replicado em qualquer região metropolitana do mundo”, conclui Taherzadeh.
[Esta notícia foi sugerida por Vítor Fernandes]