A líder da oposição de Myanmar, e Prémio Nobel da Paz (1991), Aung San Suu Kyi, foi libertada, esta manhã após sete anos e meio consecutivos em prisão domiciliária, noticiou a AFP citando um responsável birmanês. Milhares de apoiantes da opositora
A líder da oposição da Birmânia e Prémio Nobel da Paz (1991), Aung San Suu Kyi, foi libertada esta manhã após sete anos e meio consecutivos em prisão domiciliária, noticiou a AFP citando um responsável birmanês. Milhares de apoiantes da opositora da junta militar, que governa o país desde 1962, concentraram-se junto à casa onde estava presa.
Depois de muitas incertezas, as agências internacionais confirmam que as autoridades militares da Birmânia libertaram, este sábado de manhã a líder e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi da prisão domiciliar.
Assim que foram removidas as barricadas que cercavam sua casa em Yangun, a ativista apareceu diante de cerca de 3 mil partidários, que se aglomeravam no local e festejaram a sua libertação.
Suu Kyi disse aos seus apoiantes no local que os birmaneses precisarão trabalhar juntos para alcançar suas metas. “Temos muito o que fazer”, disse Suu Kyi, que fará novas declarações este domingo na sede do seu partido.
Fontes birmanesas informam também que a Nobel da Paz já falou com seu filho mais novo, que vive na Tailândia, pelo telefone. Ele ainda não conseguiu um visto para voltar ao país.
Este sábado, terminou a pena mais recente de Suu Kyi, de 18 meses. Nos últimos 21 anos, ela permaneceu presa por um total de 15 anos.
Suu Kyi, de 65 anos, deveria ter sido libertada em 2009, mas uma nova condenação de 18 meses foi anunciada depois de um norte-americano ter atravessado a nado o lago Inya até sua casa afirmando que queria salvá-la.
Obama e Barroso apoiam Suu Kyi
“Ela é uma heroína minha e fonte de inspiração para todos os que trabalham em prol dos direitos humanos na Birmânia e no mundo”, disse o Presidente dos EUA, Barack Obama, em comunicado, comentando a sua libertação.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pediu ao Governo de Myanmar que dê “total liberdade de movimentos e de palavra” à Nobel da Paz e apelou à libertação dos restantes presos políticos.
[Notícia sugerida pela utilizadora Elsa Martins]