A comunicação das libertações de hoje foi feita pela líder da oposição, Aung San Suu Kyi, perante uma audiência de simpatizantes que incluía alguns ex-prisioneiros: “Até agora, cerca de 100 presos políticos ficaram em liberdade. Esperamos que muitos mais sejam libertados. Quanto mais, melhor para o país”, afirmou. Suu Kyi realçou a importância da independência de todos, defendendo que esta “não tem preço”.
As agências internacionais avançam que um célebre comediante birmanês, Zarganar, foi libertado, depois de ter sido condenado em 2008 a 59 anos de prisão por criticar a resposta do Governo ao ciclone Nargis e organizar a assistência às vítimas.
Sai Say Htan, líder da etnia shan que tinha sido condenado a 104 anos de cadeia por se ter recusado a participar na preparação de uma nova Constituição, está igualmente em liberdade.
Apesar deste cenário de abertura, permanecem algumas dúvidas em relação ao futuro de muitas figuras políticas de relevo birmanesas que continuam detidas.
É importante sublinhar que o perdão aos milhares de prisioneiros se transformou numa prioridade da comunidade internacional, indispensável para que os Estados Unidos, a União Europeia e a Austrália reconsiderem o levantamento das sanções à Birmânia.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]