Os tempos eram de guerra quando apareceu o biquíni, em 1946. O nome, inspirado no atol (ilha de coral) de Bikíni, onde os Estados Unidos da América realizaram testes nucleares, fazia adivinhar o efeito explosivo que o biquíni teria na sociedade conservadora da altura.
A autoria da peça gira entre dois estilistas franceses Jacques Heim e Louis Réard. Disputas à parte, os dois homens tiveram a mesma ideia: criar uma peça que cobrisse o mínimo possível. As mulheres gostaram e aderiram à ideia.
Ava Gardner, Ursula Andress, Brigitte Bardot e Marilyn Monroe deram corpo ao biquíni, enfrentando os preconceitos da época, e tornaram-no num ícone que foi surpreendendo e evoluindo ao longo dos tempos.
Ursula Andress (na foto) usou aquele que ficou para a história como o biquíni mais famoso de sempre, numa cena do filme “de James Bond “Dr. No” (1962), em que a atriz sai da àgua num reduzido (para a altura) biquíni branco.
Nos loucos e conturbados anos 60 o biquíni atingiu o auge da popularidade. Estava nos filmes, na música, nas manifestações políticas e sociais. O biquíni era um símbolo pop e representava uma geração e uma atitude.
Sessenta e cinco anos mais tarde, depois de entrar na música, em muitas fotos e muitos filmes, o biquíni é um “must have” que, regra geral, já não choca homens nem mulheres, mas continua a fazer sucesso.