Financiado pela Comissão Europeia, o Projeto Hermione já permitiu realizar vinte campanhas pelo Golfo de Cádis, na costa portuguesa, no Mediterrâneo e no Atlântico, com o intuito de estudar alguns dos ecossistemas menos explorados no fundo dos oceanos, como os vulcões de lama.
“O Hermione veio dar continuidade ao trabalho iniciado com o projeto Hermes, cuja investigação se debruçou sobre as dimensões, distribuição, biodiversidade e funcionamento dos ecossistemas. Os estudos que estamos a desenvolver agora têm uma maior incidência sobre a conetividade dos habitats e a compreensão dos impactos provocados pelas alterações climáticas e pelo Homem”, explica a Prof. Marina Cunha, coordenadora da investigação, à assessoria de imprensa da UA.
“O objetivo último é fornecer aos decisores políticos o conhecimento científico necessário para apoiar a governação sustentada dos nossos mares e a conservação desses ecossistemas”, acrescenta a responsável.
Para tal, a equipa de biólogos portugueses tem recorrido a modelos oceanográficos, onde simulam as trajetórias que determinam a dispersão e reprodução de organismos profundos.
O projeto termina em 2012, mas Marina Cunha assegura que a investigação não se esgota aqui e pode abrir novas linhas de pesquisa. Até ao momento, além do registo das 30 novas espécies encontradas, resta descrever 15% das espécies recolhidas.
Acompanhe todos os desenvolvimentos deste projeto aqui.
[Notícia sugerida pela utilizadora Patrícia Guedes]