Um diretório das bibliotecas alternativas será publicamente anunciado, garantiu o diretor da BNP, Jorge Couto, acrescentando que “até finais de agosto, cerca de mais de uma dezena de instituições, sobretudo de Lisboa, mas também do resto do país, deverão assinar protocolos semelhantes [aos estabelecidos com a Torre do Tombo e a Academia das Ciências] com a Biblioteca Nacional”, disse à agência Lusa.
A suspensão parcial dos serviços da BNP durante nove meses deve-se às obras de construção da nova torre, iniciadas em março de 2009, e à “higienização total dos espaços” e “recolocação das coleções nas estantes”, informa a nota divulgada pela instituição.
No plano de obras inclui-se a eliminação de “qualquer vestígio de amianto” na atual torre de depósitos da Biblioteca e a substituição da cobertura da torre construída em fibrocimento e também o telhado.
“Haverá um profundo trabalho de descontaminação de todas as zonas que desde há cerca 45 anos têm usado o amianto nos diversos circuitos de funcionamento da BNP”, referiu Jorge Couto, informando ainda que o sistema de qualidade do ar será renovado, o que já não acontecia “há oito ou nove anos, dado a falência dos equipamentos”.
Estas obras vão permitir “preservar a maior coleção bibliográfica nacional”, ao garantirem que os livros e os documentos à guarda da BNP sejam preservados à temperatura ambiente de 18 graus e com um grau de humidade de 50% – “nas atuais condições as obras bibliográficas degradam-se dia a dia”, avançou o responsável.
Os trabalhos implicam ainda o empacotamento e a movimentação de mais de 1200 toneladas de material bibliográfico.