Não é um novo espaço; trata-se, antes, de um novo batismo da maior sala da Biblioteca Municipal de Lisboa como homenagem ao escritor português que esta terça feira faria 88 anos. A cerimónia decorre às 12h30, no Palácio Galveias, em Lisboa, onde Saramago “se fez escritor”.
Naquele espaço, José Saramago “ia ler, durante anos e anos na sua juventude, todos os dias, todas as noites porque fazia leituras noturnas, caminhava a pé vários quilómetros, lia, lia, lia”, contou Pilar del Rio, viúva do escritor, à agência Lusa.
“Aí se fez escritor. A Biblioteca Municipal de Lisboa foi para Saramago a sua autêntica universidade e é muito emocionante que o Palácio Galveias distinga José Saramago dando o seu nome à sala maior da biblioteca”, acrescenta ainda.
Contudo, o aniversário do escritor está a ser comemorado em todo o mundo de diferentes formas, com destaque para a iniciativa do Instituto Camões com uma cadeia de leitura em 83 cidades da Europa, África, América e Ásia.
Ainda em Lisboa, realiza-se esta noite, no cinema São Jorge, a antestreia do documentário “José e Pilar”, de Miguel Gonçalves Mendes, que chega na quinta feira às salas de cinema nacionais.
José Saramago morreu no passado mês de junho, na sua residência em Lanzarote, vítima de uma doença prolongada que acabou por provocar uma múltipla falha orgânica, segundo informou a Fundação José Saramago.