Um grupo de 80 pessoas partiu, esta segunda-feira, para as Ilhas Berlengas, que até ao final do mês vão acolher a maior expedição de cientistas das últimas duas décadas com o objetivo de estudar a biodiversidade marinha do local.
Um grupo de 80 pessoas partiu, esta segunda-feira, para as Ilhas Berlengas, ao largo de Peniche, que até ao final do mês vão acolher a maior expedição de cientistas das últimas duas décadas. A equipa, a bordo do navio “Creoula”, pretende melhorar o conhecimento da cartografia, das espécies e dos habitats locais, contribuições importantes para a proposta de alargamento dos limites da plataforma continental portuguesa.
A expedição, denominada “EMEPC/M@rBis/Berlengas 2012”, envolve investigadores e especialistas em várias áreas e ainda 12 alunos portugueses do ensino secundário, contando também com o apoio de diversas universidades, centros de investigação e laboratórios associados portugueses e estrangeiros.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT), o seu principal objetivo é “a cartografia e caracterização das espécies e habitats marinhos da área envolvente das Ilhas Berlengas, de modo a colmatar as lacunas identificadas para a informação marinha do local”.
Em suma, pretende-se caracterizar a biodiversidade marinha que ali existe. Depois, os dados recolhidos vão ser enviados para o M@rbis, um sistema de informação georeferenciada da biodiversidade do mar português, para futura utilização científica e, nomeadamente, para o fornecimento das informações necessárias aos compromissos nacionais relativos à extensão da Rede Natura 2000 ao meio marinho nas águas nacionais.
Recorde-se que o Projeto de Extensão da Plataforma Continental prevê o alargamento dos limites atuais para lá das 200 milhas marítimas.