O entusiasmo de quem o ouve é só uma espécie de contágio do próprio entusiasmo com que Benjamin Clementine se dedica à música. É assim desde o tempo em que tocava e cantava nas ruas de Paris. As dificuldades pelas quais passou foram solo fértil para os frutos artísticos de Benjamin, que hoje não se deixa deslumbrar por um público encantado, uma crítica rendida e aplausos públicos que vão de Björk até Paul McCartney. Em 2015, editou o primeiro disco, “At Least For Now”, que deu a conhecer a teatralidade ao serviço das canções, a voz poderosa, a poesia exigente, influenciada por poetas como William Blake, TS Eliot ou pelo próprio texto bíblico. O disco valeu-lhe um Mercury Prize e é certo que nasceu ali uma estrela.
Em 2017 editou o segundo disco: “I Tell a Fly”. Tudo aquilo que já era bom no primeiro, mantém-se no segundo, e supera-se. Neste disco, Benjamin brinca com o formato canção, desafia as próprias melodias, critica uma sociedade carente de valores e acrescenta dramatismo a temas que pedem um verdadeiro intérprete e não apenas um cantor competente. E já ninguém duvida de que Benjamin Clementine é esse verdadeiro intérprete, como provam canções tão sublimes como “Phantom of Aleppoville” ou “Jupiter”.
Depois da presença na edição de 2015 do Super Bock Super Rock, e de dar voz em 2017 à campanha dos 90 anos da Super Bock, com “Nemesis”, o cantor britânico regressa ao Festival para cair nos braços de um público que não esquece os encantos do piano e da voz de Benjamin Clementine.
Desta feita será no Palco Super Bock, no dia 21 de julho.