Os responsáveis por formar governo debateram durante dois dias o assunto e anunciaram, este domingo, que a Bélgica vai progressivamente encerrar os seus sete reatores. Na reunião esteve presente o futuro primeiro-ministro, o socialista Elio Di Rupo.
A data para o início do processo não foi adiantada pelos negociadores, mas adiantaram que seis meses após a entrada em funções do novo governo irão começar os planos para substituir o nuclear por outras fontes de energia, notícia a AFP.
Desta forma, a Bélgica volta à lei que tinha sido aprovada em 2003 quando os partidos Verdes estavam no poder, que estabelecia a extinção progressiva, entre 2015 e 2025, dos sete reatores, distribuídos pelos sítios de Tihange (no Sul) e Doel (no Norte), quando atingissem os 40 anos de funcionamento.
“Acordámos voltar à lei de 2003”, disse Cauderlier Friedrich, porta-voz do Movimento de Reforma Liberal. “Mas é preciso que o país adote um plano de abastecimento energético”, cita a AFP.
O plano foi posto de parte em 2009, quando Herman Van Rompuy acordou com a operadora Electrabel (GDF Suez) alargar o período de exploração dos três reatores mais antigos por uma década.
O acordo conseguido este domingo “é um sinal para o setor privado investir na energia de transição”, disse uma fonte da AFP. O que se sabe é que os primeiros reatores devem encerrar já em 2015 e que vão existir “taxas nucleares”.
[Notícia sugerida por Patricia Guedes]