A série de livros compilando as tiras de banda desenhada "Calvin & Hobbes" publicadas entre 1985 e 1995 em centenas de jornais de todo o mundo a autoria do cartoonista norte-americano Bill Watterson vai ser reeditada em Portugal.
A série de livros compilando as tiras de banda desenhada “Calvin & Hobbes” publicadas entre 1985 e 1995 em centenas de jornais de todo o mundo – incluindo o jornal Público e, atualmente, o Correio da Manhã – da autoria do cartoonista norte-americano Bill Watterson vai ser reeditada em Portugal a partir deste mês pela Gradiva.
O anúncio foi feito pela editora portuguesa na semana em que o autor norte-americano, de 56 anos, venceu o grande prémio do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, em França.
De acordo com a Lusa, os 17 álbuns que a Gradiva editou desde 1992, alguns deles já esgotados no mercado português, vão ser reeditados a partir deste mês, a começar por “O Essencial de Calvin & Hobbes”.
As tiras de banda desenhada de Bill Watterson, protagonizadas por um temperamental rapaz de seis anos chamado Calvin e por um tigre de peluche, Hobbes, o seu inseparável companheiro, ambos batizados com os apelidos do teólogo John Calvin e do filósofo Thomas Hobbes, estão entre as mais acarinhadas do mundo.
Reunidas em vários álbuns, as aventuras dos dois foram traduzidas em 40 línguas e conseguiram vendas de cerca de 30 milhões de exemplares. Ainda assim, em 1995, época em que as tiras gozavam de grande popularidade, Bill Watterson anunciou que deixaria de as desenhar para dedicar-se à família e à pintura.
Na primeira entrevista que deu, em 2010, depois deste anúncio, o cartoonista disse ao jornal de Cleveland, nos EUA, que nunca se arrependeu de ter deixado de desenhar Calvin e Hobbes.
“Estou muito orgulhoso das tiras, extremamente agradecido pelo seu sucesso e genuinamente lisonjeado pelo facto de as pessoas ainda as lerem, mas eu escrevi 'Calvin & Hobbes' nos meus trinta [anos] e já estou a milhas disso”, afirmou.
No ano passado, a vida de Bill Watterson e a série de banda desenhada foram também registadas no documentário “Dear Mr. Watterson”, de Joel Allen Schroeder, mas sem a participação do autor.