Há uma semana que uma barca movida a energia solar navega pelo rio Tâmega. Nos fins de semana e feriados, o seu inventor, Amílcar Cunha, oferece viagens aos interessados que queiram passar 10 minutos naquela embarcação inspirada nas antigas barcas que transportavam cereais para o moinho do rio.
“A ideia da criação da barca assentou em três pontos: pôr em prática o espírito criativo, aplicar as energias renováveis e recordar as embarcações que noutros tempos via andar pelo rio Tâmega”, contou Amílcar Cunha, de 47 anos, à agência Lusa.
A barca, que custou cerca de dois mil euros e demorou uma semana a construir, é feita de madeira, tem lugar para seis pessoas, suporta cerca de 400 quilos e movimenta-se à luz solar, através de um painel fotovoltaico. Nos dias em que o sol não aparece, a barca possui um sistema de movimentação alternativo, através de uma rotação pedaleira que põe em movimento um motor elétrico.
Navegando pelo troço que passa por Chaves, a barca de Amílcar Cunha está disponível para receber todos aqueles que lá queiram usufruir de uma viagem de 10 minutos entre a ponte Romana e a ponte Nova, durante os fins de semana e feriados.
Esta não é, no entanto, a primeira invenção do género da autoria de Amílcar Cunha, um empresário do ramo da vidraria: “Desde muito novo que gosto de fazer engenhocas, aliás, na altura, os meus pais ficavam admirados com aquilo que eu construía”, confessa à agência Lusa.
Da sua lista de invenções já constam um carro de rolamentos com um sofá e uma bicicleta de quatro lugares com “uma bateria de um carro e um sistema elétrico para buzinar”.