“Comparativamente ao que se passa com os bancos de células a nível mundial, que registam um crescimento médio anual de 45 mil unidades, Portugal sendo um país pequeno e com apenas dez milhões de habitantes teve um crescimento de 4500 unidades, em 12 meses”, disse Helena Alves, em declarações à agência Lusa.
“Portugal sozinho teve um crescimento que representa um décimo do crescimento do mundo inteiro ao nível de armazenamento células estaminais do cordão umbilical”, acrescentou a responsável.
O trabalho desenvolvido pelo Banco Público é de extrema relevância no que toca ao tratamento de doenças fatais como a leucemia e aplasias medulares, mas disponibiliza também amostras para a investigação de tratamento de doenças coronárias e autoimunes, diabetes, alzheimer, parkinson, paralisias cerebrais, entre outras.
Esta quarta feira realiza-se o primeiro Encontro de Bebés Dadores, na Ordem dos Médicos, no Porto, para fazer “um agradecimento público às famílias que decidiram fazer esta partilha de solidariedade, que constitui um tesouro de esperança de muitos doentes”. Cerca de 450 famílias de todo o país já confirmaram a sua presença.
Aos bebés serão entregues certificados com o título “Sou dador desde que nasci”. Esta “partilha de solidariedade começa muito antes da criança nascer e é muito visível nos blogues de grávidas. São elas que comunicam, espalham as notícias e oferecem os conselhos e os contactos para iniciar o processo”, referiu Helena Alves.